domingo, 29 de março de 2020
[Opinião] Geração Intolerância!!!
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Saraiva Júnior (Foto: Arquivo Pessoal) |
O país passa por um drama difícil que exige de todos uma profunda compreensão. Exige também sensibilidade na escolha das palavras, numa busca de empatia no diálogo, tudo para amenizar a intolerância que estanca as relações humanas. A questão é como dialogar e não perder amigos, ainda que esclarecendo situações fincadas em grandes mentiras.
O que dizer para uma pessoa que segue o raciocínio das informações veiculadas pela grande mídia e nunca procurou entender de fato questões sociais relevantes? Como argumentar com aquele que não distingue neoliberalismo de social democracia e socialismo, mas que constantemente publica em suas redes conteúdos que expressam a culpa de todos os males como responsabilidade dos governos de esquerda, nas comunidades de matriz africana e indígena, nos homossexuais e nas populações de baixa renda?
É bom não esquecer que em 1964 havia uma democracia funcionando normalmente. O vice-presidente foi eleito em 1960 pelo voto popular. Em 1963, houve plebiscito que restituiu o presidencialismo por força de mais de oitenta por cento do eleitorado. Quando implantaram o golpe militar, desrespeitaram esses fatos com a justificativa do “perigo” iminente do comunismo. Já em 1916, destituíram a presidenta Dilma sem que essa tenha cometido crime algum. O objetivo era retirar a candidatura do ex-presidente Lula, apontado pelas pesquisas como provável vencedor ainda no primeiro turno. Mais uma vez, deram-se processos mentirosos.
A elite brasileira, uma das maiores concentradoras de renda do planeta, sabe que dificilmente chegaria ao poder se não fosse através do golpe. Nesse caso, solicitou-se apoio aos Estados Unidos, que vinham perdendo hegemonia na América Latina para o Brasil. O apoio foi concedido em troca do petróleo do pré-sal e, desse modo, o golpe de Estado foi aplicado mais uma vez. Como encarar o Partido dos Trabalhadores, quando se sabe que alguns de seus membros agiram de forma corrupta? Além disso, o partido cometeu o erro de se afastar das bases até transformar-se num organismo meramente eleitoral.
É difícil tocar nessas questões até mesmo com pessoas próximas. Tenho um amigo de infância que adora Coca-Cola. Quanto mais lhe alerto sobre os problemas de saúde causados pela ingestão do refrigerante, mais ele toma o tal. É como a polarização que veio para embotar a inteligência, a criatividade, o respeito e a amizade em troca de um velho veneno.
(Saraiva
Júnior - Escritor
Cearense de Senador Pompeu)
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