segunda-feira, 24 de junho de 2013

Basta-te a minha graça



Padre Fabrício
Foto: Natalino Ueda/cancaonova.com
O mundo nos treina para sermos cada vez mais fortes, sempre com espírito de competição e impulsionados a sermos grandes homens e mulheres.

Mas São Paulo dá seu testemunho de que ele só foi forte, quando se viu fraco, sem forças e permitiu que o Senhor entrasse de uma forma que ele não poderia manifestar qualquer tipo de defesa contra isso.

Sabe quando é que somos fracos? Quando deixamos o medo tomar nosso coração e permitimos que ele tome o local que deveria ser ocupado por Deus. E somos mais fracos ainda quando Deus diz “não”, diante do que pedimos.


Nesse momento, vemos manifestada a soberba, que acredita que Deus deve nos servir e atender todos os novos desejos, assim como filhos mimados que não são capazes de ouvir “não” da boca dos seus pais.

Ou seja, quando pedimos, não estamos pedindo a graça de Deus, mas sim estamos pedindo simplesmente a resolução dos nossos problemas, como se fosse uma fórmula mágica capaz de aliviar todas as dores e dificuldades.

Mas as coisas não param por aí, pois quando pedimos ao Senhor e somos atendidos, não sabemos o momento de parar, e pensamos que basta deseja e pedir, sem pensar nas consequências ou se estamos prontos para isso.

Quando os problemas tiram o nosso sossego, a pronto de nos afastar de Deus, significa que estamos dando maior importância para a tribulação do que para o Senhor. Porque quando temos os olhos fixos em Deus não permitimos que o medo se aloje.

Ser forte na tribulação não é uma teoria, mas sim um desafio para continuar, sem nunca desistir. E é uma força que não vem de você, que não depende do seu preparo, mas é graça de Deus.

"Ser forte na tribulação não é uma teoria, mas um desafio", diz Padre Fabrício
Foto: Natalino Ueda/cancaonova.com

Não podemos perder a oportunidade de amar as pessoas que estão ao nosso lado, independente da situação que estivermos enfrentando. É justamente esse amor que se torna sustento para as pessoas que não encontram mais saída.

Aquele que é capaz de se preocupar com o próximo, mesmo diante da tribulação, é aquele que ama o Senhor acima de tudo, e se preocupa com o próximo a ponto de se desalojar.

Ser forte na tribulação é deixar que as pessoas a sua voltam sejam a mão de Deus que te sustenta. É ser humildade ao ponto de se reconhecer pequeno e dependente de Deus. Não tenha vergonha de pedir ajuda, pois é o próprio Deus que estende a mão.
A primeira reação nessas horas é se abater, é murmurar e jogar toda culpa em Deus. A sua tribulação talvez seja uma separação, a perda de um ente querido, o seu filho que está nas drogas, a infidelidade no seu matrimônio ou o cansaço que parece não ter fim.

Mas da mesma forma que o Senhor veio em auxílio de São Paulo, Ele também virá até você. Talvez, você diga hoje que já cansou de esperar em Deus, mas Deus não cansou de esperar pela sua confiança n'Ele.

Volte a depositar sua confiança no Senhor, porque é isso que Ele pede hoje para os corações cansados, que sejamos fracos a ponto de depositar tudo o que temos em somos em seu coloco.

Transcrição e adaptação: Gustavo Souza

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Padre Fabrício
Sacerdote missionário da Comunidade Canção Nova
Fonte: CançãoNova

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"O bom é fazer o bem sempre..."
domingo, 16 de junho de 2013

O nariz - Luís Fernando Veríssimo


Todos julgam segundo a aparência, ninguém segundo a essência.

Reflexão da semana...

Fonte: Imagens Google

Era um dentista respeitadíssimo. Com seus quarenta e poucos anos, uma filha quase na faculdade. Um homem sério, sóbrio, sem opiniões surpreendentes, mas de uma solida reputação como profissional e cidadão. Um dia, apareceu em casa com um nariz postiço.

Passado o susto, a mulher e a filha sorriram com fingida tolerância. Era um daqueles narizes de borracha com óculos de aros pretos, sobrancelhas e bigodes que fazem a pessoa ficar parecida com o Groucho Marx. Mas o nosso dentista não estava imitando o Groucho Marx. Sentou-se à mesa de almoço – sempre almoçava em casa – com a retidão costumeira, quieto e algo distraído. Mas com um nariz postiço.

- O que é isso? – perguntou a mulher depois da salada, sorrindo menos.

- Isto o quê?
- Esse nariz.
- Ah, vi numa vitrina, entrei e comprei.
- Logo você, papai...
Depois do almoço ele foi recostar-se no sofá da sala como fazia todos os dias. A mulher impacientou-se.
- Tire esse negócio.
- Por quê?
- Brincadeira tem hora.
- Mas isto não é brincadeira.

Sesteou com o nariz de borracha para o alto. Depois de meia hora, levantou-se e dirigiu-se para a porta. A mulher o interpelou:

- Aonde é que você vai?
- Como, aonde é que eu vou? Vou voltar para o consultório.
- Mas com esse nariz?

- Eu não compreendo você – disse ele, olhando-a com censura através dos aros sem lentes. – Se fosse uma gravata nova, você não diria nada. Só por que é um nariz...
- Pense nos vizinhos. Pense nos clientes.

Os clientes, realmente, não compreenderam o nariz de borracha. Deram risadas (“Logo o senhor, doutor...”), fizeram perguntas, mas terminaram a consulta intrigados e saíram do consultório com dúvidas.
- Ele enlouqueceu?

- Não sei – respondia a recepcionista, que trabalhava com ele há 15 anos. – Nunca vi “ele” assim.
Naquela noite, ele tomou seu chuveiro, como fazia sempre antes de dormir. Depois, vestiu o pijama e o nariz postiço e foi se deitar.

- Você vai usar esse nariz na cama? – perguntou a mulher.
- Vou. Aliás, não vou mais tirar este nariz.
- Mas, por quê?
- Por que não?

Dormiu logo. A mulher passou a metade da noite olhando para o nariz de borracha. De madrugada começou a chorar baixinho. Ele enlouquecera. Era isso. Tudo estava acabado. Uma carreira brilhante, uma reputação, um nome, uma família perfeita, tudo trocado por um nariz postiço.

- Papai...
- Sim, minha filha.
- Podemos conversar?
- Claro que podemos.
- É sobre esse seu nariz...

- O meu nariz, outra vez? Mas vocês só pensam nisso?
- Papai, como é que nós não vamos pensar? De uma hora para outra, um homem como você resolve andar de nariz postiço e não quer que ninguém note?
- O nariz é meu e vou continuar a usar.

- Mas por que, papai? Você não se dá conta de que se transformou no palhaço do prédio? Eu não posso mais encarar os vizinhos, de vergonha. A mamãe não tem mais vida social.
- Não tem porque não quer...
- Como é que ela vai sair na rua com um homem de nariz postiço?

- Mas não sou “um homem”. Sou eu. O marido dela. O sei pai. Continuo o mesmo homem. Um nariz de borracha não faz nenhuma diferença.
- Se não fez nenhuma diferença, então por que usar?
- Se não faz diferença, por que não usar?

- Mas, mas...
- Minha filha.
- Chega! Não quero mais conversar. Você não é mais meu pai!

A mulher e a filha saíram de casa. Ele perdeu todos os clientes. A recepcionista, que trabalhava com ele há 15 anos, pediu demissão. Não sabia o que esperar de um homem que usava nariz postiço. Evitava aproximar-se dele. Mandou o pedido de demissão pelo correio.

Os amigos mais chegados, numa última tentativa de salvar sua reputação, o convenceram a consultar um psiquiatra.

- Você vai concordar – disse o psiquiatra depois de concluir que não havia nada de errado com ele – que seu comportamento é um pouco estranho...
- Estranho é o comportamento dos outros! – disse ele. – Eu continuo o mesmo. Noventa de dois por cento do meu corpo continua o que era antes. Não mudei a maneira de vestir, nem de pensar, nem de me comportar.

Continuo sendo um ótimo dentista, um bom marido, bom pai, contribuinte, sócio do Fluminense, tudo como antes. Mas as pessoas repudiam tudo o resto por causa deste nariz. Um simples nariz de borracha. Que dizer que eu não sou eu, eu sou o meu nariz!?
- É... – disse o psiquiatra. – Talvez você tenha razão...

O que é que você acha, leitor? Ele tem razão? Seja como for não se entregou. Continua a usar nariz postiço. Porque agora não é mais uma questão de nariz. Agora é uma questão de princípios.


"Resisti às primeiras aparências
e nunca vos apresseis em julgar; levai em conta 
que há coisas verosímeis que não são verdadeiras 
e que há coisas verdadeiras que não são verosímeis."
                                                                            Anne Lambert

Desejo a todos uma excelente semana! Tudo de bom em nossa semana!

Nunca esqueçam... Jamais Julgar pela aparência... 
                                                                        Abraços!!!





Veja também: De Tudo E Um Pouco Vale a pena conferir. Muito bom! Clique Aqui
segunda-feira, 10 de junho de 2013

Livro: Construindo a Felicidade / Pe. Adriano zandoná


Imagem Divulgação

Todos queremos ser felizes. Mas, afinal, o que é a felicidade?

Nesta obra, Pe. Adriano Zandoná lhe auxiliará a descobrir muitos dos elementos necessários para construir a felicidade em sua história. A cada capítulo, um novo tijolo será colocado nessa grande construção.

Sem demagogias ou respostas prontas, você será levado a refletir e assim encontrar algumas boas respostas para melhor administrar sua existência, com mais realização e felicidade. A alegria não é permanente e alguns dias certamente nos parecerão mais nublados, mas a felicidade é algo que vem de dentro e não se abala por realidades exteriores.

Não fique preso ao que é passageiro... Aprenda a voar mais alto!

Sobre o Autor

Pe. Adriano Zandoná
Fonte: Imagens Google
Vilmar Adriano Zandoná é padre da Comunidade Canção Nova, com incardinação canônica na Diocese de Lorena (SP). Nasceu em São Paulo (SP) e com dois anos mudou-se para Londrina (PR). Ingressou na Canção Nova em 2004 e em 2005 iniciou seus estudos no seminário. É formado em filosofia e teologia, e exerce atualmente a função de Formador Geral da Canção Nova em São Paulo (SP). Celebra missas e faz palestras em acampamentos e retiros, e todos os meses celebra a missa na Vigília Clamando por Milagres, na capital paulista. É articulista do site CançãoNova. e apresenta o programa “Construindo a Felicidade” pela Rádio América (AM 1.410) em São Paulo (SP).

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Você poderá adquirir esse e outros na Loja Canção Nova.
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Confira um trecho do livro clicando Aqui

Desejo a todos uma excelente semana!
Tudo de bom! Abraços!
                     Gerson Alan

terça-feira, 4 de junho de 2013

Construir a corrente do bem - Padre Fábio de Melo



Nós já estaríamos com todos os problemas resolvidos. "Traga para o meio" que vemos hoje no Evangelho é o discurso da inserção. Jesus não admite que alguém possa ficar jogado do lado de fora.

Antes enfermidade era sinal de que pessoa não tinha predileção por Deus. Jesus insere quem está do lado de fora. Faz o bem independente de ser sábado, domingo... A Eucaristia é um acontecimento no tempo, do que no tempo não cabe. É um acontecimento tão lindo que não coube no tempo e esparramou-se na história. Na poesia, chamaríamos de "acontecências". O bem que você realiza não cabe no tempo. Quando você se recorda do bem que fez, seu coração se enche de gratidão, é como se aquele acontecimento acontecesse de novo. É a grande ousadia que o Cristianismo nos empresta. Faça este tempo já ser eterno. Faça a dinâmica da eternidade valer agora.

Complete na sua carne o sofrimento de Cristo. A realidade é bela, mas, é sofrida. Não é fácil estar ali no papel do Crucificado. Jesus dizia: "Bem-aventurados os que sofrem porque serão consolados..." Bem-aventuranças têm valor porque só podem ser vistas pelos olhos da sabedoria, por quem está inundado no amor de Deus. Somos convidados a viver na nossa carne sacrifício do Cristo. Isso não é brincadeira. Aquilo que não coube no tempo está em mim, na história dos meus dias. Você é história: tem início, meio e fim. Em nós acaba em realidade o que não cabe no tempo. A realidade divina plenifica tudo isso.

Eu e você somos convidados a fazer a dinâmica do Evangelho, trazer para dentro o que está jogado para fora. Para que você paga seus impostos, anda em dia com suas dívidas? Por que é obrigado? Muitas vezes não vemos ser aplicado o dinheiro que a gente pagou. Que país é esse que não traz para o meio aquele que não pode, não sabe, não tem?

Lamentavelmente se precisamos ter saúde, segurança, precisamos pagar. Nosso país não cuida como precisaria cuidar dos seus. É falta de vergonha na cara de quem tem o governo nas mãos. Quando vamos em outros países o dinheiro das pessoas ser bem aplicado. Você pode sair à noite sem medo de ser assaltado, sequestrado... Essa é a conversão que o Brasil precisa viver. Não podemos continuar achando que chegamos ao destino final.

O bom brasileiro é aquele que continua lutando, de olho em quem votou. Nosso país precisa ser moralizado e isso começa com nossa exigência. Não podemos ser omissos. Corrupção começa em pequenas coisas, quando faço proveito de algo público, aproveito algo que não é meu... Levar para o meio é recordar que se quem está no poder não estiver com Deus no coração, não podemos esperar muita coisa.
Não sei se você acompanhou movimento que teve para tirar figuras religiosas das repartições públicas. O que quadro do sagrado Coração de Jesus pode fazer mal a uma repartição pública? Será que com quadros eles recordam um valor que não querem mais viver? Este país não vai ficar melhor no dia em que tirarmos, mas, no dia em que os governantes tiverem caráter, agirem de maneira correta.

Ontem eu dava exemplo de Dom Hélder Câmara, que trazia para o meio aqueles que não tinham vez. Muito mais do que ficar preocupados com a religião que cada um tem, precisamos nos preocupar com caráter que cada um tem.

É o deputado que você elegeu que pode assinar leis contrárias ao Evangelho. Se essas mentes diabólicas são capazes de tramar estas coisas, são capazes de tramar coisais piores. Não podemos ficar fazendo política, mas, temos que ficar de olho na política. Eles são nossos empregados, trabalham para nós.

Os deputados são nossos representantes. Usar o povo só em período de eleição? Aquele povo que troca voto por uma dentadura! O sorriso que queremos é definitivo! Queremos jovens com oportunidade de trabalho, estudo. Quando trabalhamos problemas educacionais criminalidade vai embora. Assim como com emprego... assim, criminalidade vai embora.

Não é fácil a vida de um assalariado. Nosso povo sofre, não tem transporte digno! O Brasil precisa mudar. Existem muitas coisas boas sendo feitas pelo país afora, mas, existe muita porcalhada embaixo do tapete. Proclamar a independência é reassumir a cidadania. "Eu te elegi e não vou tirar olhos de você".

"A política é uma das formas mais elaboradas de caridade", dizia Santo Agostinho. Aquele que tem poder usa para quem não tem e distribui aquilo que é direito. Queremos nosso direito de cidadão. É vida que você merece viver bem. Não há cristianismo sem comprometimento.

Não podemos ser o que fomos ontem. Processo de Deus é nos fazer evoluir, ir adiante. Nosso projeto é chegar a esse brilho que é apagado porque trabalhamos nossa vida de jeito errado. Este é o dia em que temos que tomar consciência de tudo o que Deus precisa fazer em nossa vida. Nosso país e nós precisamos ser transformados! Ficamos indiferentes aos processos que estão do nosso lado.

Quando você fica indiferente, se fecha na sua história. Nunca diga que você não tem nada com isso. Pode respingar em você! Aquilo que não dá certo na casa do outro pode repercutir na sua vida. Nós estamos interligados mesmo sem saber porque. Pessoa que passou pela sua vida pode ter influência sobre você. Pode ser que mais cedo ou mais tarde você precise daquela pessoa. Estamos interligados e não podemos nos esquecer do nosso compromisso com a bondade. Jesus enquanto pôde fez o bem.
De alguma maneira alguém bate à porta da nossa vida, da nossa história. Nós não sabemos o dia de amanhã, então só nos resta viver bem o dia de hoje, construir pontes ao invés de barricadas. Passe pela vida do outro de um jeito certo. Às vezes temos somente uma oportunidade de passar por uma pessoa. Ela pode até não saber quem eu sou, mas, eu sei.

Não podemos viver pelo outro, mas a parte que podemos fazer não podemos abrir mão. Tenho pedido a Deus a graça de amadurecer para perceber o que eu posso fazer pelo outro.
Preste atenção nesta frase de um poeta: "Estamos todos na lama, mas, alguns de nós resolvemos olhar para as estrelas". São estes que mudam o mundo, que fazem as coisas acontecerem. Estas pessoas completam sacrifício de Jesus na carne. Chega de contendas. Já tem guerra demais neste mundo.

Precisamos lutar pela paz, pela harmonia... acender luz para quem não tem... Proclame a independência! Assim como os santos da Igreja, os santos dos nossos dias. È isso que precisamos. Independência de hoje depende de nós. Precisamos ter fé, acreditar que pode ser diferente. Cristão que é cristão não fica parado, fica na direção do futuro.

domingo, 2 de junho de 2013

Fortes Na tribulação

Para sermos fortes na tribulação é necessário reeducar o nosso olhar


Padre Fabrício Andrade
Foto: Maria Andrea/Cancaonova.com

Gostaria de começar este acampamento “Fortes na Tribulação”, o qual tem como tema "Tende coragem e um coração firme, vós todos que esperais no Senhor”, com a própria oração da coleta da liturgia de hoje:

”Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.”

Nesta oração, há o casamento perfeito entre o tema do nosso encontro com a liturgia da Igreja.

Só é forte, de verdade, quem tem a coragem de esperar no Senhor. O reconhecimento da nossa fraqueza é a porta de entrada para Aquele que é forte de verdade!

Nós somos fracos e o caminho da nossa fraqueza é justamente aquele que, percorrido com o Senhor, vai nos levar até o céu.

A primeira leitura vem nos mostrar que, no tempo da tribulação, o povo esperavam em Deus e, depois de seis anos, chegou o socorro da graça divina e eles começaram a viver em paz e na bonança.

Estamos buscando esse tempo propício, esta bonança que eles viveram. A Palavra está nos mostrando um caminho a ser percorrido nesses dias de acampamento.

"Não é tempo de fugir da tribulação. Precisamos aprender a enfrentá-la."
Foto: Maria Andrea/Cancaonova.com

A bonança é resultado daqueles que têm a coragem de esperar e depositar a sua confiança no Senhor.

Posso afirmar, com toda certeza do meu coração, que vale a pena esperar em Deus. Enfrente seu problema ao lado d'Ele.

No Evangelho de hoje, o próprio Jesus nos ensina a enfrentar nossos problemas. Ele mesmo nos diz em Mateus 6,19-23: “Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam.”

Não deposite a sua esperança nas coisas desse mundo. Ele continua: “Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam, porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.”

Precisamos juntar um tesouro no céu. E Jesus mesmo nos ensina:“Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Comece a identificar onde está o seu coração.

Graças a Deus, em toda Santa Missa o padre diz: “Corações ao alto” e o povo responde: “O nosso coração está em Deus.”

Se o seu coração está em Deus, verdadeiramente, n'Ele você não será roubado nem trapaceado, porque Ele o ama e tem o melhor para você!

Por isso, neste acampamento, antes de começar a mexer nos seus problemas, você precisa mexer em seu coração.

Começaremos educando a sua forma de olhar, pois muitos de nós estão olhando para as próprias feridas e problemas, fixando os olhares naquilo é perecível, mas isso nos leva à morte e não nos conduz para o céu.

Assim como os olhos dos jogadores de futebol, durante o jogo, estão fixos na bola; o olhar do pastor está fixo sobre suas ovelhas, o mesmo acontece com o urubu, pois seus olhos sempre estão à procura da carniça. Precisamos fixar o nosso olhar nas coisas eternas, pois elas nos levam para o céu.

Para ser forte na tribulação, é necessário reeducar o nosso olhar.

Assim termina o Evangelho de hoje: “O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado. Se o teu olho está doente, todo o corpo ficará na escuridão. Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a escuridão.”

Nós sabemos falar dos problemas alheios, mas temos dificulades de identificar os nossos.

Para encerrar, gostaria de partilhar com vocês um trecho do meu livro, “Fortes nas Tribulações”, que está nas páginas 73-74:

“Se você tiver os olhos fixos n'Aquele que está no controle de tudo, ainda que não O veja com os olhos humanos, mas com o olhar da fé, não desanimará. Dia a dia experimentamos um revigoramento das forças, de dentro para fora, o que chamará a atenção das pessoas, pois esperam lhe ver cada vez mais triste e deprimido(a), calado(a) e isolado(a), mas, ao contrário, veem um pessoa fortalecida, enfrentando a tribulação. A certeza de que esta tribulação é momentânea reacende a esperança fundamentada em Jesus Cristo.

Este é o segredo de quem sabe educar os olhos para enxergar as realidades invisíveis, que passariam despercebidas por alguém desesperado(a).
“Eis o segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.”


Para ser forte na tribulação é preciso ter a coragem de reconhecer a sua fraqueza e ter a certeza e os olhos fixos n'Aquele que tudo pode: Deus.


Transcrição e Adaptação: Mariana L. Gabriel (Twitter)

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Padre Fabrício
Sacerdote missionário da Comunidade Canção Nova

Fonte: CançãoNova

Veja Também: 

Como está o seu coração?

sábado, 1 de junho de 2013

Namoro: uma grande aventura de amor


Magda Ishikawa
Foto: Fotos CN/ Maria Andreia
Jovens, Jesus confia em vocês. Então,parem de confiar em si mesmos e confiem em Deus, porque não é com nossas forças que vamos viver a beleza da castidade.

Quem é o amor? Deus. “Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. Deus é amor e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele” (ICarta de São João 4,16). Mas para o mundo o amor tem ganhado outro sentido. “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, com o fim de satisfazerdes as vossas paixões. Adúlteros, não sabeis que o amor do mundo é abominado por Deus? Todo aquele que quer ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” ( Tiago 4, 3-4).

Nesse acampamento, você vai se decidir como vai viver. O que você tem pedido: um amor maior ou apenas prazer? Quando falamos em aventura, quando nos aventuramos sem sentido, sem projeto, isso pode acabar em um grande fracasso.

O namoro é uma aventura, na qual você precisa se projetar. Tenho um amigo que vai de moto para o Chile. E ele está se planejando, vendo quantos dias vai ficar lá, quanto vai gastar. Ele está se programando.

Pergunto para você que está se aventurando, que namora com muitas: "Quem fica na sua vida?". O namoro é uma grande aventura de amor, mas está só acontece quando duas pessoas querem ser santos juntos. Deus quer que você viva esta grande aventura de amor.

Precisamos deixar de ser BBB - Burro, Bitolado e Banalizado - para ser 'Revolução Jesus'. Precisamos de uma geração que se deixe revolucionar por Jesus.

O namorado não é aquele que vê seus defeitos, mas é aquele que olha para você e vê a imagem de Deus. No seu namoro, você consegue ver além da sujeira? O amor de verdade não vê o tronco, mas a imagem que pode ser esculpida nele.

É melhor uma verdade que liberta do que uma mentira doce que, depois, amarga. Viva a castidade, opte por ela. Peço-lhe perdão se alguém, na Igreja, disse para você que não é preciso viver a castidade, porque a Igreja nos pede, sim, para que a vivamos.

"Precisamos deixar de ser BBB: burro, bitolado
 e banalizado", adverte Magda.
Foto: Fotos CN/ Maria Andreia

O Catecismo da Igreja Católica diz: "A castidade deve qualificar as pessoas segundo os seus diferentes estados de vida: uns, na virgindade ou celibato consagrado, forma eminente de se entregarem mais facilmente a Deus com um coração indiviso: outros, do modo que a lei moral para todos determina, e conforme são casados ou solteiros" (99). "As pessoas casadas são chamadas a viver a castidade conjugal; as outras praticam a castidade na continência." "Existem três formas da virtude da castidade: uma, das esposas: outra, das viúvas; a terceira, da virgindade. Não louvamos uma com exclusão das outras. [...] É nisso que a disciplina da Igreja é rica" (100).

No número 2350, o CIC diz: "Os noivos são chamados a viver a castidade na continência. Eles farão, neste tempo de prova, a descoberta do respeito mútuo, a aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem um ao outro de Deus. Reservarão para o tempo do matrimônio as manifestações de ternura específicas do amor conjugal. Ajudar-se-ão mutuamente a crescer na castidade.

A Igreja diz que o sexo é para o casamento. O que acontece quando passamos um sinal vermelho? Você pode levar uma multa ou causar algum acidente.

"A virgindade não foi feita para ser leiloada, 
mas para o matrimônio", adverte.
Foto: Fotos CN/ Maria Andreia

Uma relação sexual tem como consequência os filhos. Nós somos frutos de uma relação sexual, mas muitos querem legalizar o aborto, pois não querem consequências. Não podemos deixar que pessoas morram, porque vivemos aventuras no prazer. O salário do pecado é a morte.

Hoje, muitos namoros têm parado em si mesmo e têm se tornado uma luta, na qual cada um quer ganhar. Isso não é namoro, porque o namoro se vive junto, ganha-se junto.

Nos anos 60, os jovens lutaram por "paz e amor", mas que paz é essa que vem da maconha? Que amor é esse? Amor que gerou filhos órfãos de pais vivos. Precisamos construir uma nova geração.

Hoje, vivemos o "vale tudo". Amigos têm relação sexual para sair do tédio. Se você acha que vai preencher o coração com prazer, saiba que não vai, porque só Deus pode preencher você.

Se você é virgem, guarde-se! A virgindade não foi feita para ser leiloada, mas para o matrimônio.

Transcrição e adaptação: Elcka Torres

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Magda Ishikawa
Missionária da Comunidade Canção Nova

Fonte: CançãoNova

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Educador Social "Eu sou de uma terra que o povo padece, mas não esmorece e procura vencer. Da terra querida, que a linda cabocla de riso na boca zomba no sofrer. Não nego meu sangue, não nego meu nome. Olho para a fome, pergunto o que há? Eu sou brasileiro, filho do Nordeste, sou cabra da peste, sou do Ceará." (Patativa do Assaré)

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