sexta-feira, 27 de março de 2020
Em documento, CFM ressalta importância de medidas restritivas e pede atenção especial à saúde de médicos e equipes de atendimento
As medidas adotadas pelo Governo que
promovem o isolamento social foram apontadas como pertinentes pelo Conselho
Federal de Medicina (CFM) como forma de controlar o avanço da epidemia de
COVID-19 no País. Essa é uma das conclusões de documento divulgado pela
autarquia, onde é apresentada uma análise de diferentes aspectos relacionados à
pandemia surgida na China e que tem causado sérios problemas a sistemas de
saúde de diferentes países, em especial na Europa.
ACESSE AQUI A INTEGRA DO DOCUMENTO DO CFM
No texto, divulgado na quarta-feira
(18), o CFM ressalta que a decisão de restringir fluxos ou concentrações de
pessoas, entre outras, ajuda a reduzir o aparecimento de novos casos, como
aconteceu na China e na Itália. Sem esse cuidado, no Brasil, a ausência de
restrições poderia contribuir para o aumento geométrico dos casos, estrangulando
as redes de assistência pública e privada, afirma a autarquia.
Transparência – Além dessa
reflexão, o CFM enumera uma série de recomendações às autoridades, aos médicos
e à população. Dentre elas, estão a necessidade de se manter uma rotina de
vigilância ativa e diária sobre os acontecimentos e a capacidade de se mudar
rumos das estratégias traçadas, as quais são apontadas como cruciais para
vencer a COVID-19. No documento, o Conselho ainda destaca a relevância do
repasse de informações sobre os trabalhos realizados, que deve ser promovido de
forma cuidadosa, mas transparente, o que contribui para a manutenção da
tranquilidade, evitar situações de pânico e garantir a credibilidade e a
confiança nos responsáveis pela gestão da crise.
Outro ponto citado pelo CFM é a
importância que deve ser atribuída às equipes de saúde, consideradas o
principal ativo e o elemento mais sensível no enfrentamento da epidemia. “É no
hospital que o desgaste profissional é máximo. Os gestores hospitalares devem
empreender esforços para manter as equipes de saúde protegidas e motivadas para
uma ação eficaz e sem baixas”, ressalta o texto, que sugere a criação de
Serviços de Saúde do Trabalhador nos hospitais aos profissionais da linha de
frente serão úteis para diagnosticar e tratar precocemente os infectados e
favorecer a realocação de profissionais idosos ou com co-morbidades para
atividades de apoio à assistência, com menor risco de contágio.
Força de trabalho - Sobre esse
ponto, o CFM acrescenta ainda outras considerações com base nas experiências
internacionais. Segundo os estudos analisados, a força de trabalho nos
hospitais, emergências e centros de saúde deve ser protegida, para aliviar a
carga que recebem decorrente da superlotação dos serviços pela COVID 19, somada
às demais patologias usualmente encaminhadas aos serviços. O stress seria
ampliado ainda pelo temor confesso, ou não, dos médicos e outros profissionais
de se infectar e contagiar familiares. O documento afirma que “o caos instalado
no atendimento; a falta de planejamento e infraestrutura para atender à
COVID19; e o desabastecimento de itens imprescindíveis de proteção individual
(EPIs) e de higienização das mãos, sem dúvida corroboram para aumentar
exponencialmente o stress das equipes em linha de frente”.
Profissionais - Entre as
recomendações aos gestores, para reduzir esse quadro negativo, constam:
instituir horários de descanso e oferecer serviços que facilitem a vida dos
profissionais, como alimentação, fornecimento de roupas de trabalho, salas de
repouso, e instalações com chuveiros e facilidades para a higienização corporal
ao entrar e ao sair dos plantões, por exemplo. Da mesma forma, devem ser
acessíveis à toda a equipe de saúde e usuários da unidade, materiais
necessários à proteção individual, como máscaras, luvas, aventais, óculos, bem
como materiais de proteção especial para procedimentos invasivos como máscaras
N95 e filtros de ar.
“A infraestrutura para higienização
das mãos e "toalete respiratória" dos pacientes deve estar acessível
a todos, incluindo os consumíveis, como sabão, álcool gel, lenços e toalhas
descartáveis. As instalações de saúde devem ser limpas várias vezes ao dia,
incluindo sanitários, consultórios, mobiliário e salas de espera”, afirma o
CFM. Porém, essas medidas podem ser insuficientes se não houver incentivo à
adesão às boas práticas para o controle da transmissão do vírus, com
capacitação eficaz das equipes de saúde, incluindo os médicos, e por meio da
implementação de medidas práticas que favoreçam a sua proteção.
Idades - Outra
sugestão do Conselho Federal de Medicina tem relação com o reconhecimento de
que o risco de doença grave e da necessidade de hospitalização aumentam com a
idade e as co-morbidades dos acometidos pela COVID-19. Nesse sentido,
recomenda-se que profissionais de saúde, incluindo médicos, com idade acima de
60 anos ou com doenças crônicas, mesmo que saudáveis, sejam afastados da linha
de frente e alocados em outras funções que demandem atuação de médicos e
enfermeiros.
Com respeito aos pacientes suspeitos
de ter COVID-19 e seus acompanhantes, o CFM ressalta no documento que devem
receber máscara cirúrgica ao chegar ao serviço de saúde. Sempre que possível
deve lhes ser designada sala de espera ampla e ventilada separada dos demais
atendimentos do serviço de saúde. O atendimento deve ser feito em consultório
dedicado, com porta fechada. Todas as precauções para evitar infecções aéreas e
de contato devem ser observadas.
Testes - O CFM ainda
ressalta que o teste diagnostico RT‐PCR é insumo de
máxima importância para o acompanhamento da epidemia e deve ser solicitado pelo
médico ao seu paciente, conforme orientações do Ministério da Saúde. “Os casos
leves devem ser isolados em casa e tratados com sintomáticos. Casos suspeitos
ou confirmados de COVID‐19 que apresentem falta de ar ou
outros sintomas de maior gravidade devem buscar, imediatamente, auxílio
médico”, sublinha o trabalho do Conselho Federal de Medicina.
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