terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Entrevistando A Escritora Brasileira Giovanna Olivetti
Entrevistando Giovanna Olivetti, autora do Livro Desencontros.
GERSON ALAN - Primeiramente, conte aos
nossos leitores, sobre sua história, a trajetória de sua carreira. De onde
nasceu essa vontade de escrever?
Giovanna Olivetti - Bom, desde mais nova gosto muito de ler e escrever,
minha primeira escola e minha família sempre incentivaram a literatura e acho
que isso foi apenas crescendo com o passar dos anos.
GERSON
ALAN - Como você virou uma
escritora?
Giovanna Olivetti - Nunca pensei
seriamente em escrever um livro, mas uma vez surgiu a oportunidade de escrever
um conto para uma antologia com outros autores, a ideia não deu muito certo mas
acabou me inspirando à enviar para outras editoras, a ideia de publicar um
livro só meu surgiu de uma sugestão da Novo Século.
GERSON ALAN - O que levou você a escrever
seu primeiro livro? Desencontros é o seu primeiro livro?
Giovanna Olivetti - Sim, Desencontros é meu primeiro livro e na verdade
ele não foi programado, a ideia era de um conto apenas mas outras oportunidades
surgiram.
GERSPM ALAN - Com o livro pronto, saído do forno, foi difícil encontrar
editora?
Giovanna Olivetti - Na verdade procurei várias editoras
para saber se lançavam antologias com diversos autores, a sugestão de fazer um
livro só meu surgiu da Novo Século, que tinha muitas ideias parecidas com as
minhas.
GERSON ALAN - Qual a sua maior dificuldade que você encontrou
para dar o ponta pé inicial em sua
carreira literária?
Giovanna Olivetti - Para um autor que está
iniciando a carreira a maior dificuldade é sempre se inserir no mercado.
GERSON ALAN - Como você recebe as críticas
sobre seu trabalho?
Giovanna Olivetti - Acho
as críticas muito positivas quando vem com sugestões ou quando o leitor explica
o que não gostou no livro, ajuda muito pois o autor tem ideia do público e
muitas vezes nota coisas na obra que não tinha pensado antes.
GERSON ALAN - Defina o Desencontros em
poucas palavras
Giovanna Olivetti - Bom, Desencontros é um leitura suave e rápida, para ler em um dia de chuva ou
em momentos para relaxar, são contos e crônicas sobre o dia a dia para distrair
um pouco os leitores e fazer com que eles criem outras histórias
GERSON ALAN - Você já tem ou pensa em
outros projetos para o futuro?
Giovanna Olivetti - No
momento estou estudando então dei um tempo na escrita e em novos projetos, mas
escrevo algumas resenhas e indicações para o blog Pop Two.
GERSON ALAN - Quais suas maiores inspirações?
Giovanna Olivetti - Bom,
minhas maiores inspirações são bem citadas no livro por sinal, Rubem Alves,
Drummond, Machado de Assis e Sebastião Salgado.
GERSON ALAN - Está lendo algum livro?
Partilhe conosco.
Giovanna Olivetti - No momento estou relendo um clássico
brasileiro: Macunaíma. Muito interessante por sinal.
GERSON ALAN - Quais os gêneros literários
que você aprecia? Indique-nos alguns.
Giovanna Olivetti - Ah
eu leio de tudo, desde Harry Potter até Lispector, gosto muito de variar entre
os gêneros literários para poder formar melhores opiniões.
GERSON ALAN - Para
você, qual é a melhor coisa em ser escritora? Qual o sentimento?
Giovanna Olivetti - Acho que o principal é ver a reação dos leitores, é muito gratificante
ver quando alguém se interessa pela leitura do seu livro e quer compartilhar
isso com você.
GERSON ALAN - O que você acha das
parcerias com blogs? Ajuda ou atrapalha?
Giovanna Olivetti - Gosto bastante de blogs literários, é sempre mais uma maneira de divulgar o
trabalho, infelizmente alguns não cumprem com os combinados mas são uma
minoria.
GERSON ALAN - Você tem muitos
projetos na cabeça? Quer falar sobre algum deles?
Giovanna Olivetti - No momento não,
estou mais focada em estudar e participar do Pop Two.
GERSON ALAN - Que autores você gosta
de ler para se inspirar?
Giovanna Olivetti - Bom, o que mais leio
quando busco inspiração é Drummond, suas poesias são críticas e diversas.
GERSON ALAN - O que gosta de fazer
nas horas de lazer?
Giovanna Olivetti - Eu gosto bastante de
assistir séries e filmes para distrair.
GERSON ALAN - Ping Pong em uma palavra...
Deus - Não
acredito
Família - Fundamental
Amigos - Experiências
Musica - Inspiração
Livros - Prazer
Ser feliz é… - Aproveitar
Um sonho. - Viajar
Giovanna Olivetti - Sonhadora
GERSON ALAN -
Para finalizar. Deixe uma mensagem para os leitores do Mundo Possível, Sonhos
Possíveis.
Giovanna Olivetti - Espero que tenham gostado da entrevista, a
oportunidade de participar foi super bacana! Beijos.
Sobre a Autora
Giovanna Olivetti Foto - Aequivo Pessoal |
Natural de Santos - SP é apaixonada por palavras, viagens e experiências. Tenta capturar alguns momentos através da fotografia e escrita. Colunista no Pop Two e louca por ouvir histórias!
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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
Entrevistando a escritora brasileira Dirlene Rezende
Entrevistando Dirlene Rezende,
autora do Livro Nefilins Deuses.
Gerson Alan - Primeiramente,
conte aos nossos leitores, sobre sua história, a trajetória de sua carreira. De
onde nasceu essa vontade de escrever?
Dirlene Rezende - Minha história com a escrita ainda é muito nova, estou trilhando a pouco por
esse caminho, sempre gostei muito de ler e eu sempre quis contar as histórias
que eu imaginava um dia resolvi expor e aqui chegamos.
Gerson Alan - O
que levou você a escrever seu primeiro livro? O Nefilins Deuses é seu primeiro
livro?
Dirlene Rezende - Eu
uma apaixonada por mitologia, magia e teorias conspiratórias tipo Matrix.
Sempre li muito sobre esses assuntos e nunca achei uma história que abordasse o
tema como eu procurava, confesso que escrevi para mim mesma para suprir esse
vazio, já estou no segundo livro que é uma sequencia do primeiro.
Gerson Alan - Com
o livro pronto, saído do forno, foi difícil encontrar
editora?
Dirlene Rezende - Na
verdade ele já saiu por uma editora, não o publiquei antes.
Gerson Alan - Como
você recebe as críticas sobre seu trabalho?
Dirlene Rezende - No
começo eu ficava nervosa seja positiva ou negativa, agora não mais, o que é
vindo de boa fé eu procuro analisar o que sei que é dispensável filtro e
transformo em combustível para avançar mais.
Gerson Alan - Defina
o Nefilins Deuses em poucas palavras.
Dirlene Rezende - A
jornada do herói, heroína, com muita magia e mitologia, mas ao contrário do que
parece não são anjos.
Gerson Alan - Você
já tem ou pensa em outros projetos para o futuro?
Dirlene Rezende - Penso
sim, na verdade já estou trabalhando nele.
Gerson Alan - Quais
suas maiores inspirações?
Dirlene Rezende - Minhas
maiores inspirações são música e as estrelas, sou uma apaixonada por elas,
tanto que meu livro traz muito disso.
Gerson Alan - Está
lendo algum livro? Partilhe conosco.
Dirlene Rezende - O
Homem que calculava, estou no início e gostando muito.
Gerson Alan - Quais
os gêneros literários que você aprecia? Indique-nos alguns.
Dirlene Rezende - Gosto muito de livros científicos, de ficção também. Yargo da Jacqueline Susann, Universo numa casca de noz. O
contato do Carl Sagan.
Gerson Alan - Para você, qual é a melhor coisa em ser
escritora? Qual o sentimento?
Dirlene Rezende - Para mim é tirar as histórias da minha
mente e transporta-las para o papel. Eu amo muito fazer isso.
Gerson Alan - O
que você acha das parcerias com blogs? Ajuda ou atrapalha?
Dirlene Rezende - Eu gosto, não vejo problema nenhum.
Ping Pong em uma palavra...
Deus – Energia que habita tudo. Universo.
Família – Amor
Amigos – Poucos e maravilhosos.
Musica – Rock
Livros - parceiros
Nefilins
Deuses - realização
Ser feliz é... – aproveitar bons momentos.
Um sonho – pilotar uma Harley
Dirlene Rezende – guerreira.
Gerson Alan - Para
finalizar, Deixe uma mensagem para os leitores do Mundo Possível, Sonhos Possíveis.
Dirlene Rezende - Sempre
acreditei que devemos lutar com as armas que nos são dadas e que cada pedra que
encontramos serve para construção de algo grandioso.
Sobre
a Autora
Dirlene Rezende Foto: Arquivo Pessoal |
Nasceu em Araxá, Minas Gerais,
e no ano de 2003 veio morar em Curitiba, capital Paranaense.
Desde criança sempre
despertou interesse pela leitura e escrita, e hoje em dia é o que lhe permite
viajar entre os vários mundos que criava em sua cabeça desde pequena.
Atualmente está cursando
Engenharia de Produção, e entre provas e trabalhos, consegue fazer o que é mais
prazeroso: ler e escrever.
Sempre que possível viaja ao
interior de são Paulo para praticar astronomia amadora que é o seu hooby. Além
disso, tem um lado místico e espiritual aguçado. Sempre gostou de investigar o
oculto, o místico, o sobrenatural.
Encontrou também na musica
sua inspiração. Rockeira e fã apaixonada dos Scorpions, diz que as músicas da
banda sempre dão pano de fundo para a criação de suas novas histórias.
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sexta-feira, 14 de outubro de 2016
PROJETO POESIA TODO DIA
De 11/10 até 25/10 a escritora Juliana Aguiar estará recebendo via inbox em sua página poesias e frases curtas que serão publicadas aqui na página
mediante o desejo do autor. Todas estas, no ato do
envio, estarão concorrendo a alguns brindezinhos surpresa, caso o remetente
adquira comigo um exemplar do meu livro Contrariemos os Desencontros.
Então,
mãos à obra, e deixemos as palavras fluírem.
Dependendo do alcance desse
projeto, será pensado o sorteio de alguns desses brindes aos participantes que
não adquirirem o livro.
Imagem - Divulgação
|
domingo, 11 de setembro de 2016
Lembranças de um tempo inesquecível (Daíse Lima em Crônicas)
Em uma das casas que eu
morei quando criança, o quintal era enorme. Tinham pés de manga, de jabuticaba,
de uva, de limão, de laranja, algumas cenourinhas, verduras, temperos,
flores... Nessa casa eu morava com os meus pais, minha irmã do meio (que na
época era a caçula porque a caçula ainda não tinha nascido), duas tias e a
minha vó. Acho que a casa era a grande. Vou confirmar com os meus pais, porque
na minha memória era grande sim. Quando a gente é criança tudo é grande! Mas,
me lembro de que além dos muitos passarinhos que vinham nos visitar por causa
das árvores desse grande lugar, lá também tinham várias borboletas. De todos os
tamanhos e cores. Era bonito de se ver. E penso agora com saudades, mas acho
que quando eu era criança existiam mais borboletas! Lembro-me de ver a vó ou a mãe
colhendo frutas ou temperos e as borboletas fazendo em volta sua dança
colorida!
Eu adorava as borboletas! Mas, o que eu gostava mesmo, era quando a vó pegava uma delas, geralmente as maiores, amarrava uma linha de costura em seu corpinho frágil e me dava para brincar e sempre falava sorrindo: "cuidado para ela não te levar embora, menina." E eu saía soltando borboletas coloridas pelo quintal como se fossem pipas. À princípio elas batiam as asas com força, tentando sair livre pelo céu, mas eu as tinha presas por aquela linha fina e elas não conseguiam ir muito longe. Essa era a melhor parte da brincadeira. Mas, depois elas ficavam cansadas. E já não voavam tão alto. E já não batiam mais as asas com forças. Essa era a hora que eu ia até a vó e a vó cortava a linha. Às vezes, de tão cansadas que estavam não voavam mais. Às vezes, morriam. Eu ficava triste, mas no dia seguinte, ganhava da vó outra borboleta para brincar no imenso quintal de terra.
Numa manhã ensolarada,
mais uma vez, eu tinha ganhado da vó uma borboleta imensa. Essa eu lembro que
era grande mesmo, cheia de cores. Dessa eu fiquei até com medo de ela me levar
embora. Sair voando comigo pelo quintal, pela rua, pela cidade... E eu ficava
imaginando a inveja que as outras crianças iriam sentir de mim quando me vissem
voando por aí. Saí correndo feliz pelo
quintal controlando o vôo dela para não se enroscar em algum galho de árvore,
quando a minha mãe que pendurava roupas me olhou e disse algo que eu nunca mais
esqueci: "Daíse, borboletas não foram feitas para isso. Borboletas não
nasceram para voarem presas. Isso machuca a bichinha. Isso dói."
Nunca tinha me passado pela cabeça que eu estivesse machucando as borboletas. Nunca tinha me passado pela cabeça que borboletas haviam sido feitas para voarem livres. Nunca tinha me passado pela cabeça que só eu ficava feliz com a brincadeira que no fim resultava em algum machucado ou na morte de algumas delas. Chamei a vó que costurava na sala e disse que não queria brincar mais, que ela poderia cortar a linha. Ela cortou. E a borboleta saiu voando feliz e pousou no pé de manga.
Nunca mais eu brinquei assim com as borboletas.
E nessa tarde de domingo, depois de uma gostosa soneca, lembrei desse episódio e me fiz a pergunta: não é assim também com o amor?
E nessa tarde de domingo, depois de uma gostosa soneca, lembrei desse episódio e me fiz a pergunta: não é assim também com o amor?
(Daíse
Lima)
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Crônica de Uma Manhã Gélida de Quarta Feira / Daíse Lima
Pelo espelho, vi a
Menina me olhando triste deitada na minha cama enquanto eu secava os cabelos.
Ela tem medo do secador e sempre me olha como se perguntasse: "por que
você passa esse negócio que faz esse barulho horroroso no cabelo? E por que
você não fica aqui comigo?" Respondi somente a segunda pergunta. Expliquei
que adoraria passar o dia todo jogando a bolinha dela pra lá e pra cá enquanto
ela sai correndo alucinada pela casa, mas eu preciso trabalhar. Preciso ter
dinheiro pra comprar sua ração, bebê. E fiz-lhe um carinho na barriguinha, mas
ela nada respondeu. Desceu da cama e saiu arrastando o meu sutiã pelo quarto.
Perdi o sono as quatro e
pouco da manhã com a cabeça fervilhando ideias, tentando resolver problemas,
responder perguntas... Nada fiz. Só ganhei um pouco mais de dor no estômago.
Fiquei deitada até o relógio despertar.
O moço do tempo disse que hoje vai ser dia de sol e a temperatura pode chegar aos 30° graus. Tomara que chegue! Tomara que hoje seja a última manhã gelada do ano. Tomara.
A minha cabeça dói. Discuti com a minha mãe. Estou chorona que só hoje. A TPM chegou. Estou impaciente. Com vontade de voar no pescoço do homem ao lado que ouve funk sem os fones. Os três adolescentes perto de mim conversam sobre... Nada. Eles falam os três ao mesmo tempo. Ou melhor, os quatro. Chegou mais uma menina e algazarra só aumentou. Não tenho paciência. Procuro na bagunça da minha bolsa os meus fones. Ufa! Estão aqui. Coloco para tocar uma música que me acalme a alma. Hoje estou precisando. A TPM enlouquece a gente. Eu não sou a pessoa mais legal do mundo, mas também não sou tão chata quanto hoje, é culpa da maldita TPM. Maldita!
Olho pela janela um sol vermelho, vermelho, vermelho. Parece sol de final de tarde de outono. Está bonito! Tento acalmar meu coração reparando nas bonitezas do caminho. Olho as florzinhas liláses (acho que é esse o plural de lilás!) tomando o corredor da João Jorge e dou um sorriso. São lindas! Repare bem você que passa pela João Jorge que coisa linda de se ver!
Na rua, uma moça de vestido longo e florido atravessa a rua como a Gisele Bundchen atravessou o Maracanã. A menina de mochila nas costas corre desengonçada para a calçada e a mãe com duas crianças e mochilas aguarda o sinal fechar novamente.
Agora o sol alaranja os prédios da cidade. Fiquei com inveja das pessoas que moram naquele prédio que ele pintou de dourado. "Sol banha de ouro o prédio do centro da cidade", poderia isso ser notícia do jornal.
Hoje estou chorona, já falei isso, mas vou reforçar. Hoje é dia de não assistir ao jornal. Hoje meu coração fica insuportável: tudo dói. Hoje é dia de dormir cedo e esperar essa porcaria de TPM passar.
A senhora que dormia ao meu lado acordou assustada e me cutucou 3 vezes perguntando onde estava. Não me cutuca não, senhora, eu odeio! Respirei fundo e respondi educadamente. Descemos juntas, e foi só então que percebi o zíper da minha calça aberto. A minha mãe que estava sentada lá na frente do ônibus pediu para a minha vizinha, que desce no mesmo ponto que eu, me entregar uma pacotinho de bolacha. Chorei.
(Daíse
Lima)
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Daíse Lima em Crônicas
Foto: Daíse Lima |
Um passarinho cantou,
cantou, cantou no pé de uvaia as cinco e pouco da manhã. Foi ele o meu
despertador. Olhei no relógio: 5:12. Eu ainda teria mais 18 minutos de sono até
o pi-pi-pi-pi-pi do celular me acordar. Fiquei deitada ouvindo o show do
passarinho até o pi-pi-pi-pi-pi tocar. Me levantei cheia de preguiça. Abri a
janela. Tudo escuro. Pouco frio, fiquei feliz. Depois do banho, liguei o rádio
e ouvi o moço do tempo dizer que a máxima prevista é de 29° e há possibilidade de chuva
no final do dia na capital. Tomara que chova por aqui também. Não custa nada.
Estamos precisando.
A Menina choramingou na porta. Ela também acorda muito cedo.
Abri a porta, ela me lambeu, chorou de alegria e já pulou logo para a minha
cama. Rasgou o meu lençol e comeu a minha escova de dentes. A minha mãe disse
que eu tenho que disciplinar a Menina, mas ela não é o primeiro e nem o último
cachorro a não me obedecer. Eles não me levam à sério.
Quando saí de casa, a Menina ficou chorando alto no portão. Queria ir comigo. Ela ainda não engoliu a história de que a lagartixa que mora no meu quarto e não paga o aluguel não foi para o trabalho comigo, e eu prometi para ela que essa semana compro uma corrente para levá-la pra passear pelo bairro. Ela continuou chorando. Ela é bem manhosa.
No ônibus tinham vários lugares para sentar. O senhor corintiano já entrou falando alto, discutindo com o senhor careca sobre a derrota do Corinthians. Os meninos lá na frente disseram para ele que o Palmeiras é que é time de verdade, porque ganhou e porque... Aqui eu parei de prestar atenção. Coloquei os meus fones. Essa conversa deles vai longe. O mesmo assunto. Eu não tenho muita paciência para gente que só conversa as mesmas coisas todos os dias. Hoje estou um pouco impaciente. É que estou com dor no meu ombro direito. Muita dor. A tendinite resolveu dar as caras, mesmo sem ser convidada. Estou com sono ainda e quero bolo de cenoura com cobertura de chocolate!
O ônibus ultrapassou o outro ônibus e vi o céu refletido na janela do que ficou para trás. Achei bonito! Cheio de cores. E o sol tímido saindo de trás dos prédios pintando parte da cidade de vermelho, pintando parte de dourado. Que espetáculo!
A vida segue junto com o ônibus que agora está lotado. Que essa semana seja boa, doce, com cheiro de flor de laranjeira e gosto de bolo de cenoura com chocolate. Que seja boa!
Sobre a Autora
“Eu sou baiana, não
gosto de falar a minha idade, mas gosto da primavera, dos ipês amarelos, das
flores e dias de chuva, divido o meu pequeno quarto com os sonhos que levo no
peito e com os personagens de milhares de histórias que nunca termino de
escrever. Não consigo beber nada
com 2 canudos e leio revistas e jornais detrás pra frente. Amo cafuné, abraços
apertados, amora e dar risadas. Fico em dúvida sobre a minha sanidade mental
quando sinto sede ao comer banana. Não escuto quando estou de óculos e perco o equilíbrio
quando estou de luvas. Mas, sigo vivendo mesmo assim, apesar de tudo, a vida
ainda é tão bonita!” Daíse Lima
Daíse Lima Foto: Arquivo Pessoal |
terça-feira, 2 de agosto de 2016
Dica de Leitura / Laura Conrado / Literatura Nacional
Quando Saturno voltar
Imagem Divulgação |
Déborah Zolini é uma jornalista sonhadora que trabalha como assessora de imprensa em um clube de futebol da segunda divisão, e namora o médico Sérgio há quatro anos. Ela faz planos de construir uma vida a dois, arrumar um emprego melhor e correr atrás de desejos que ainda não realizou. Só que a vida, ou as estrelas, guardam surpresas para Déborah. Em uma viagem ao Chile, ela encontra uma mulher misteriosa que lhe fala sobre o retorno de Saturno. O planeta, que leva, em média, 29 anos para dar uma volta no sistema solar, voltará à posição em que se encontrava quando a jornalista nasceu. Para quem acredita em astrologia, esse é momento em que as pessoas passam por várias mudanças, que vão prepará-las para encarar o resto de sua vida. Déborah não leva a moça muito a sério, mas pede às estrelas que a ajudem a realizar seus desejos. No entanto, no voo de volta ao Brasil, um encontro inesperado começa a abalar a vida aparentemente certinha da protagonista. Aos poucos, Déborah começa a admitir que não está gostando do rumo que as coisas estão tomando em sua vida. Será a hora de partir para novos desafios? Trocar aquele relacionamento confortável pelo frio na barriga? Sair de vez da zona de conforto e ver o que acontece?Com uma prosa leve e bem humorada, Laura Conrado criou um romance cativante sobre perseguir os próprios sonhos e a coragem necessária para ser feliz. Leitores que ainda não chegaram ou já passaram pelo retorno de Saturno vão se emocionar com essa história.
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- Educador Social "Eu sou de uma terra que o povo padece, mas não esmorece e procura vencer. Da terra querida, que a linda cabocla de riso na boca zomba no sofrer. Não nego meu sangue, não nego meu nome. Olho para a fome, pergunto o que há? Eu sou brasileiro, filho do Nordeste, sou cabra da peste, sou do Ceará." (Patativa do Assaré)
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