quinta-feira, 8 de maio de 2014
Cultura Não Se Faz Para Os Museus
Sem sombra de dúvidas o direito à cultura é um direito fundamental. Por assim
acreditar é que hoje trago para vocês esse excelente texto. Ele traz em si uma
excelente reflexão sobre o real valor e a importância da cultura em nossas
vidas. 
 Muito obrigado pela visita. Vocês caros leitores, são a maior razão do meu trabalho.   Boa leitura!
O direito à cultura é um
direito fundamental. Pois a cultura não é um luxo de privilegiados mas uma
necessidade de todos os homens. Um homem condenado à ignorância é alguém a quem
foi roubada uma parte do seu direito a vida.
Todos nascem para uma vida
verdadeiramente humana, o que não significa apenas o direito à saúde, ao
trabalho, ao pão e à casa, mas também direito à liberdade e à dignidade de
saber, escolher e criar.
Todos nascem para uma vida
verdadeiramente humana, o que não significa apenas o direito à saúde, ao
trabalho, ao pão e à casa, mas também direito à liberdade e à dignidade de
saber, escolher e criar.
E é o direito à cultura que
garante e defende os outros direitos, já 
que o homem sem cultura é sempre enganado e explorado. Pode ser
explorado pelo capitalista e pode ser explorado pelo falso revolucionário. Pode
ser iludido pelo patrão a quem dá os eu trabalho e pode ser iludido pelo
governo a quem dá o ser voto. Pode ser enganado pela propaganda política e pode
ser enganado pela propaganda comercial.
E é por isso que a cultura é
necessária à liberdade. Liberdade significa possibilidade e o homem que não tem
acesso à cultura da sociedade e do tempo em que vive não tem dentro esse tempo
e dessa sociedade uma possibilidade real de escolher e decidir. Onde a maioria
das populações estiverem culturalmente alienadas, a democracia será sempre
parcial, incompleta e, em muitos aspectos, formal. E no mundo em que vivemos é
necessário que a cultura possa funcionar como antipoder.
Muitas são, na verdade, as
formas de opressão que na nossa época surgem umas após as outras. Capitalismo
explorador, fascismo, totalitarismo ideológicos. E ao lado destes sistemas de
opressão diretamente políticos existem formas de opressão que, porque não são
diretamente políticas, são mais difíceis de detectar e combater.
Assim a ditadura dos
técnicos que, sob falsos pretextos econômicos, praticam um uso anti-humano da
técnica, está a criar problemas de poluição que põe em perigo a saúde da
própria terra em que vivemos e da qual vivemos.
Em frente deste perigo a
nossa salvação exige um imenso esforço cultural coletivo que se oponha ao uso
anti-humano da técnica. Neste ponto, a cultura não é só defesa da nossa
liberdade e dignidade. É defesa da nossa vida e da nossa saúde. As populações
não podem permanecer passivas perante os perigos que as ameaçam. E é evidente
que a ignorância e a alienação cultural conduzem a passividade.
E não nos devemos deixar
iludir pelas miragens do falso desenvolvimento industrial. Só uma industria que
respeita o ambiente, que respeita a tradição cultural dos povos e que respeita
a saúde e a vida de todos e de cada um é realmente uma industria a serviço do
homem.
O verdadeiro desenvolvimento
só nascerá do desenvolvimento cultural de toda a população de cada país. E essa
é a grande transformação que poderá salvar o mundo em que estamos. Esse desenvolvimento
cultural não virá transformar apenas os sistemas políticos, virá transformar em
todos os seus planos e aspectos a nossa vida quotidiana.
Pois não se faz cultura para
estar nos museus, mas sim para estar na vida. Porque é a cultura que ensina o
homem a escolher e construir e criar a própria vida, em vez de suportar.
                                                                (Sophia de Melo Breyner Andresen) 
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